A Ello, rede social que já conquistou milhares de usuários pela ausência de anúncios, diferente do que muitos pensam, não nasceu de uma grande ideia de startup. Na verdade, Paul Budnitz, criador do serviço, não segue nenhuma das premissas de um fundador de startup: tem mais de 30 anos, não mora no Vale do Silício e resolveu entrar num mercado de gigantes.
Em entevista à Wired, Budnitz conta que decidiu criar a Ello após um manifesto "anti-Facebook" e que, no começo, a rede social era destinada somente a um grupo de aproximadamente 90 amigos. Após alguns meses, a novidade se tornou um fenômeno e, atualmente, segundo o criador, a Ello recebe cerca de 50 mil pedidos de convites por hora.
Contudo, Budnitz deixa claro que não está competindo com o Facebook, pois acredita que os propósitos são diferentes. "As pessoas ficam me perguntando se nós estamos competindo com o Facebook (...) E eu na verdade acredito que o Facebook não é uma rede social (...). É uma plataforma de publicidade. Nós somos uma rede social. É o que fazemos. O Facebook está lá para anúncios", disse à Wired.
Depois de criar a Ello para seus quase 100 amigos, Budnitz começou a receber pedidos de mais pessoas querendo participar. Deste modo, o fundador conseguiu um investimento de US$ 435 mil (cerca de R$ 1 milhão) de um fundo de capital de risco em Vermont para aumentar a rede.
Quando encerrar seu período beta, a Ello deverá oferecer recursos extras para os usuários como forma de monetização. Segundo Budnitz, eles custarão em torno de US$ 1 (aproximadamente R$ 2) e US$ 2 (R$ 5) e serão oferecidos como numa loja de aplicativos.
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